Uma jovem empresária algarvia respondeu ao desafio
de recuperar a Quinta
da Fornalha que a
família tem em Castro Marim há sete gerações, inspirando-se no respeito pela
herança cultural e no gosto pelo trabalho agrícola que lhe foram incutidos desde
a infância. Criou assim um modelo empresarial alternativo sustentável para dar
viabilidade à quinta, com agricultura biológica certificada há 20 anos, sem
destruir as espécies plantadas pelos seus antepassados; é neste contexto que, a
partir da alfarroba – um produto abundante mas pouco valorizado – surge a manteiga de alfarroba e de amêndoa, que pode servir para barrar o pão, mas também
como ingrediente culinário.
Esta manteiga, que utiliza esse produto mal-amado
da economia portuguesa e da algarvia, é confecionada com a dose de açúcar suficiente
para assegurar a sua conservação, constitui uma alternativa aos cremes de
chocolate, mas pode também ser usada na confeção de molhos para bifes ou para rechear
frango. Além da produção e venda deste e de outros produtos – disponibilizados no
local, em 200 lojas por todo o país e já exportados para o estrangeiro – a
quinta organiza visitas e dispõe de alojamentos, numa lógica de ecoturismo.
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